segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Fica a dica!”



Hoje inauguramos o “Fica a dica!”, um espaço para indicação e divulgação de iniciativas, artistas, educadores, projetos e toda a sorte de boas práticas culturais. A intenção é contribuir e socializar temas e experiências interessantes que possam inspirar alunos professores e colaboradores do Projeto Escola Orquestra Sinfônica do Descobrimento (OSD). Nossa primeira dica, na verdade são duas, é sobre o Projeto Guri.


Projeto Guri: referência de programa sociocultural no Brasil

O Projeto Guri é, sem dúvida, a maior referência no Brasil quando o assunto é educação musical. Sediado em São Paulo, desde 1995, oferece cursos de iniciação e teoria musical, coral e instrumentos de cordas, madeiras, sopro e percussão. Segundo dados do próprio projeto, atualmente são atendidos 51 mil alunos em todo o estado por meio de 366 polos, distribuídos em 310 municípios pelo interior e litoral. A iniciativa é do Governo do Estado de São Paulo, mas o projeto é administrado por duas organizações sociais ligadas à Secretaria Estadual da Cultura.

Além dos cursos o Projeto Guri mantém uma série de outras atividades. Uma das mais recentes e que já vem se destacando é a Revista Espaço Intermediário, uma publicação eletrônica semestral produzida pela Associação Amigos do Projeto Guri,  organização social de cultura executora da iniciativa. O objetivo “é incentivar discussões e trocas de conhecimentos, ideias, experiências e reflexões nas áreas de educação musical, desenvolvimento social e gestão de projetos socioculturais”.

Fique por dentro do que acontece e como é o Guri e ainda leia os textos publicados na Espaço Intermediário:
www.projetoguri.com.br


sábado, 27 de outubro de 2012

OSD lota Centro de Cultura de Porto Seguro



 Público comparece em peso para assistir espetáculo sobre Luiz Gonzaga

Músicos da OSD aderem ao traje típico caipira
No que pode resultar o encontro de um maestro padre, um sanfoneiro e uma noiva caipira e flautista? Some-se a eles um cem número de jovens músicos, um outro tanto de atores e dançarinos e apimente tudo com músicas de Luiz Gonzaga. O resultado foi A Volta da Asa Branca, mais uma programação do Projeto Escola Orquestra Sinfônica do Descobrimento (OSD). O maestro e diretor musical, Bruno Teixeira, não é padre, mas encarnou a personagem dando graça e humor ao espetáculo; já a noiva flautista, Lisandra Satre, é aluna da OSD, começou no canto e agora se encanta com a flauta transversal e o sanfoneiro é Alex Smottha, ator que desempenhou o papel do grande mestre e homenageado da noite, Luiz Gonzaga.

Com tantos atrativos o público mais uma vez prestigiou o trabalho da OSD e lotou o Centro de Cultura de Porto Seguro na ultima quinta-feira (25). A noite começou com uma degustação de comidas típicas do Nordeste: bolos, cuscuz de milho e tapioca, paçocas, pé de moleque, mungunzá e outras guloseimas fizeram a festa dos presentes, sobretudo as crianças. O Diretor Cênico, Rod Pereira, trouxe a ideia dos pratos típicos, além dos trajes e decoração e os alunos abraçaram a proposta - cada um trouxe um prato, fazendo do espetáculo mais uma demonstração colaborativa do grupo. Além disso, toda a equipe envolvida no projeto ‘meteu a mão na massa’ confeccionando bandeirolas, balões juninos e enfeites com palha de coqueiro, espalhados pelos vários espaços do Centro de Cultura, criando um clima de São João, típico de Gonzaga e do Nordeste, inclusive ao aderirem ao traje típico caipira.

O espetáculo musical A volta da Asa Branca é uma homenagem ao centenário do músico nordestino Luiz Gonzaga e ao cenário que ele cantou - o Nordeste. Os músicos da OSD proporcionaram um passeio musical por meio de oito canções do artista: estão no repertório sucessos como Asa Branca, Feira de Mangaio, Sabiá, Assum Preto entre outras. A intenção da OSD e de seus parceiros foi recriar os espaços presentes nas músicas de Gonzaga, como a feira-livre, as festas juninas e o sertão.

Ao som das canções de Mestre Lua, como Gonzaga era também conhecido, os atores da Cia de Teatro Na Arte a Verdade e alunos do Studio do Ator encarnaram populares, lavadeiras, cantadores, nordestinos facilmente encontrados nas obras do homenageado. Xaxado e Baião se misturaram ao humor e beleza das cenas retratadas, fazendo o público rir, cantar junto e se emocionar.

Divulgação nas escolas garante público estudantil
A OSD com A volta da Asa Branca conseguiu reunir um público diversificado – uma plateia composta de idosos, jovens, crianças e adultos, demonstrando a força e o prestigio da obra de Luiz Gonzaga. “Nós contribuímos decisivamente para a cena cultural de Porto, ao lado de outras iniciativas; hoje vivenciamos uma certa dinâmica cultural, pois a cidade é riquíssima em cultura e o público reconhece, a casa lotada hoje é prova disso”, detalha Moana Viterbo Martins, Coordenadora Geral da OSD.


Projeto Escola Orquestra Sinfônica do Descobrimento (OSD)

A OSD é um projeto de educação musical, destinado a crianças e jovens entre 6 e 24 anos de idade da cidade de Porto Seguro/Ba. Baseia-se na oferta gratuita de oficinas musicais - musicalização infantil (canto coral, flauta doce e bandinha rítmica), canto coral, violino, viola, violoncelo, contrabaixo acústico, flauta transversal, clarinete, oboé, trombone, trompete, trompa e tuba. Atualmente é apoiado pela Petrobras, Criança Esperança e Prefeitura de Porto Seguro.

Jovens músicos: integrantes do Coro e da Orquestra da OSD

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

OSD homenageia centenário de Luiz Gonzaga



 “A Volta da Asa Branca” propõe releitura do cancioneiro do mestre Lua

               O espetáculo musical “A volta da Asa Branca” é uma homenagem ao centenário do músico nordestino Luiz Gonzaga e ao cenário que ele cantou - o Nordeste. Ao longo deste ano alunos e professores do Projeto Escola Orquestra Sinfônica do Descobrimento (OSD) mergulharam na obra do músico e ainda presentearam o público com pequenas apresentações baseadas na obra do “rei da sanfona”.
               Gonzaga surge na década de 1940 como o criador da “música nordestina”. Ele nasceu em Pernambuco, em 1912, e herdou de Januário, seu pai, um lavrador e sanfoneiro que consertava sanfonas e animava bailes rurais, o gosto pela música. Ainda jovem mudou-se para o Rio de Janeiro e para sobreviver tocava em zonas boêmias e de prostituição, executando tangos, valsas, boleros e outros ritmos populares na época. Seus caminhos começam a mudar quando é contratado pela Rádio Nacional, a mais importante do país naquele período. Em 1943, assume a identidade de representante do Nordeste, aderindo a indumentária típica - roupa do vaqueiro nordestino com o chapéu de cangaceiro.
               Já em 1946 lança com a música Baião o ritmo que seria, por quase dez anos, o de maior sucesso no país. O pesquisar Durval Muniz de Albuquerque, em seu livro A Invenção do Nordeste e outras artes, destaca a contribuição decisiva de Gonzaga para a música brasileira: sua forma de cantar não operística, estilo comum na época, subverteu os padrões ao se basear  em manifestações populares como o aboio, o repente e o desafio nordestino, além de inovar o uso da sanfona, tocando-a quase como um instrumento de percussão, sendo balançada, aberta e fechada com rapidez.
               O espetáculo da OSD bebe nesse modo particular dele se expressar, não é uma cópia, mas uma releitura. Ao universo peculiar de mestre Lua são somados violinos, violas, violoncelos, flautas, piano e percussão. A ideia foi remontar um quadro panorâmico da obra do artista, reconhecendo sua importância e genialidade.
            O Nordeste foi o grande tema da obra de Gonzaga que cantou os encantos e desencantos de milhares de homens pobres, do campo, obrigados a deixar sua terra natal, para migrar para São Paulo e Rio de Janeiro, em busca de uma vida melhor. Ele ainda deu vida em suas canções à cultura, aos causos, personagens e ritmos dessa região, transformando o baião na música do nordestino, por ser a primeira que canta e fala em seu nome. “A Volta da Asa Branca” também reivindica para si essa cruzada, quer cantar e tocar o Nordeste, espalhando a alegria e a força da sonoridade de Gonzaga.


Projeto Escola Orquestra Sinfônica do Descobrimento (OSD)

A OSD é um projeto de educação musical, destinado a crianças e jovens entre 6 e 24 anos de idade da cidade de Porto Seguro/Ba. Baseia-se na oferta gratuita de oficinas musicais - musicalização infantil (canto coral, flauta doce e bandinha rítmica), canto coral, violino, viola, violoncelo, contrabaixo acústico, flauta transversal, clarinete, oboé, trombone, trompete, trompa e tuba. Atualmente é apoiado pela Petrobras, Criança Esperança e Prefeitura de Porto Seguro.


Serviço:
A Volta da Asa Branca – espetáculo musical
Local: Centro de Cultura de Porto Seguro
Data: 25 de outubro de 2012
Horário: 19h30min
Entrada Franca
Informações: (73) 3268 4040 / sinfonicadodescobrimento@gmail.com